O sector da aviação nacional foi pouco afetado pela crise financeira que assolou o mundo, segundo o especialista e conselheiro do Presidente do Conselho de Administração da TAAG, Pedro Luís Pinheiro. Falando na quinta-feira durante uma palestra intitulada “A recessão económica e as suas consequências no transporte aéreo”, organizada pelo Comitê de Especialidade Aeronáutica do MPLA, Pedro Luís Pinheiro disse que o setor, em Angola, está crescendo e as companhias aéreas não foram muito afetadas. “Os países pretendem investir em Angola e isso por si só gera tráfego. Enquanto o país estiver a crescer, está bem”, disse. O orador apontou como principais desafios para as companhias aéreas a prestação de serviços que vão ao encontro das necessidades e aspirações dos clientes, a ostentação do certificado de Auditoria de Segurança Operacional da Associação Internacional de Transporte Aéreo – que confirma que a companhia é segura e está apta a voar em todo o mundo – e o cumprimento das normas da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO). Pedro Pinheiro disse ainda que a recessão económica afectou os custos operacionais de muitas companhias aéreas no mundo. “Durante o auge da crise, o preço do barril subiu para 140 dólares. Como o combustível corresponde a 30 por cento do custo operacional das transportadoras, muitas destas faliram” disse. Quanto ao balanço para 2010, afirmou que as transportadoras aéreas mundiais podem obter receitas estimadas em 500 mil milhões de dólares, mas alertou que a actual subida do preço do barril de petróleo pode voltar a reflectir-se nos custos operacionais. “Na Ásia, no Pacífico e na América Latina as companhias podem ter lucro, porque a procura e o tráfego estão a crescer. O mesmo não deve acontecer com a Europa e a América do Norte, devido à lenta recuperação económica”, afirmou.
17-05-2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário