quarta-feira, 16 de junho de 2010

Em meio ao jogo do Brasil, controladores de voo só veem a tela dos aviões

"Gol para nós é companhia aérea", diz o primeiro-sargento Sergio Rycbczak, 44, coordenador de equipe do APP (de "approach", aproximação em inglês), a sala de controle do tráfego aéreo de Congonhas, São Paulo. Aos 25 minutos do primeiro tempo de Brasil x Coreia do Norte, um funcionário pergunta, timidamente, se o placar segue 0 a 0, mas ninguém na sala tira o olho da tela --de controle das aeronaves. O primeiro gol da seleção brasileira passa quase despercebido. Ouve-se um "gol!", feminino e baixo, sem repercussão. No primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2010, o movimento do aeroporto paulistano já diminuiu, diz o major Emerson Moraes, 40, porém em nada diminui o ritmo de trabalho dos 28 controladores de voo. Quando o suboficial Vidal entra na sala de controle, uma colega quer saber quem marcou o segundo. "Foi gol?", pergunta de volta Vidal. Ele estava no banheiro e diz só ter ouvido um barulho do lado de fora. O gol fora Elano, aos 26 minutos do segundo tempo, mas ninguém viu.
16-06-2010

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