O Departamento de Justiça dos Estados Unidos encerrou nesta sexta-feira uma investigação sobre a fusão entre as companhias aéreas United e Continental por possíveis problemas de concorrência, dando sinal verde para que as empresas continuem o processo de unificação. O Departamento explicou em comunicado que, como as companhias transferiram parte de seus direitos de decolagem e aterrissagem no aeroporto de Newark (Nova York) à Southwest Airlines, a investigação antimonopólio foi suspensa.
A Justiça americana temia que, com a fusão das companhias, que formarão a maior aérea do mundo, outras poderiam ficar em desvantagem. "A fusão proposta combinaria as redes complementares das companhias aéreas, o que resultaria em uma superposição em um limitado número de rotas, onde United e Continental oferecem um serviço sem escalas", explicou o Departamento de Justiça em comunicado. O Departamento explicou que a Continental tem uma grande parte dos serviços em Newark, onde há um número limitado de postos de decolagem e aterrissagem, dificultando a entrada de outras companhias. No entanto, após a cessão de direitos à Southwest, uma companhia de baixo custo que tem voos limitados a Nova York e não oferece serviços em Newark, "resolve a principal preocupação de concorrência do Departamento". Após ser conhecida a resolução do Departamento de Justiça, as duas companhias aéreas confirmaram em comunicado conjunto que desejam fechar a operação antes do dia 1º de outubro. "O fim da revisão do Departamento de Justiça é um importante passo em nosso caminho para criar a maior companhia do mundo", indicou o executivo-chefe da Continental, Jeff Smisek. A fusão entre United Airlines e Continental, avaliada em US$ 3,17 bilhões, criará o maior grupo de transporte aéreo do mundo, com mais de 370 destinos em 59 países e que contará com 90 mil empregados. A United Airlines, com sede em Chicago, é a terceira companhia aérea americana, enquanto a Continental, sediada em Houston, é a quarta. Calcula-se que juntas terão um volume de negócios acumulado de US$ 29 bilhões. Em 2009, juntas, transportaram 147 milhões de passageiros.
EFE29-08-2010
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