O CEO do setor de Clientes da Airbus, John Leahy, deu mais detalhes sobre o andamento das discussões entre a fabricante, fornecedores e demais interessados na remotorização dos aviões da família A320, informou a ATI. Durante o fim-de-semana passado na conferência ISTAT (Internatioal Society of Trasport Aircraft Trading), que teve início na cidade norte-americana de Orlando no dia 14 deste mês e encerra-se no próximo dia 16, o executivo informou que se lançada a modificação será oferecida como opcional, não extinguindo por si só a produção da versão atual.
Além disso, o avião viria de série com os chamados sharklets (os novos winglets desenvolvidos e patenteados pela Airbus). Na parte técnica, Leahy destacou que atualmente estão sob avaliação as alterações estruturais necessárias para a instalação de novos motores, provavelmente vindo a ser necessária uma asa reforçada, e os relatórios dos engenheiros deverão ser recebidos pela direção da fabricante até o dia 14 de Abril. Outro ponto que ainda precisa ser resolvido é em relação aos fornecedores. Quanto à CFM nenhum problema, já no que tange ao consórcio IAE ainda está havendo um impasse entre seus dois maiores acionistas, a Pratt & Whitney e a Rolls-Royce, para que possam desenvolver em conjunto com os dois outros parceiros (MTU e Japanese Aero Engines) um novo motor utilizando as tecnologias de última geração em desenvolvimento por ambas.
Neste sentido, apesar da Pratt & Whitney ter dito que poderia oferecer sozinha seu motor PW1000G, Leahy foi claro dizendo que à Airbus não interessam ofertas isoladas, e que quaisquer diferenças devem ser resolvidas para que o motor venha do consórcio IAE, como acontece atualmente.
Caso opte pela remotorização, o que tudo indica ser o caminho, os primeiros aviões estariam disponíveis aos clientes a partir do final de 2015.
15-03-2010
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