Miguel Vaspiano Lepeco, um menino que no dia 17 de julho de 1957 fez com que a rotina do aeroporto Dr. Gastão Vidgal, na cidade de Maringá, no Paraná, mudasse de forma inusitada.
Naquele dia normal, uma aeronave DC-3, que pertencia à antiga Viação Aérea de São Paulo (VASP), estava chegando a cidade, quando um fato mudou completamente o trabalho dos comissários de bordo e tripulantes: um nascimento. Sem nenhuma experiência em realizar partos, os comissários de bordo iniciaram o processo, no improviso mesmo. Com o desejo de que a espera da mãe para dar a luz ao menino fosse o mais rápido e menos doloroso possível. Ao entrar no espaço aéreo da pequena Maringá, uma surpresa: nascia mais uma criança. Uma criança que não somente tinha um destino qualquer como as outras. Esta criança já tinha a sua vida traçada naquele mesmo exato momento: o destino de se tornar um piloto.
O fato tornou-se destaque em todos os jornais da região e, a sua mãe, contente com o esperado, começou a desembarcar da aeronave, descendo degrau por dregau, com os olhos cheios de alegria e com um rosto bem alegre e atenta aos movimentos da criança. Aquele simples menino até teve no sobrenome um grande presente. A mistura se formou em Vaspiano, dando como homenagem à empresa onde teve seu nascimento. A partir de então, começara sua vida servindo em nome da aviação até ontem, 13 de maio de 2010, onde Miguel Vaspiano Lepeco, terminava a sua vida da mesma forma que veio: através das alturas. Por volta das 14h30, iniciava um procedimento rotineiro: transportar pessoas para outros lugares. Decolava do aeroclube de Manaus, levando junto uma comitiva de funcionários da Secretaria de Estado e Qualidade do Ensino do Amazonas (SEDUC), entre eles, a secretária de educação, Cínthia Régia. Minutos depois de decolar do aeroclube, segundo informações, o comandante Vaspiano (como era conhecido), falou à torre que iria retornar à origem.
O destino estava traçado e o menino que nasceu nas alturas já não podia mudar o destino que foi colocado. Ele tentou ainda pousar sobre a área do Colégio Salesiano Dom Bosco Leste, mas a aeronave estava em alta altitude e começava a perder altura rapidamente. Ainda tentou acionar o trem de pouso e pousar no lugar; mas era impossível fazer o procedimento. A perícia que o comandante Maciano em escolher aquele lugar para miminizar a tragédia foi marcante. Caso aquele lugar não fosse usado, a aeronave poderia cair em várias casas ou até mesmo próximo ao Terminal 5. Mas, aquele fato que mudou a rotina daquele aeroporto no dia 17 de julho de 1957, acabou reeacontecendo ao contrário no dia 13 de maio de 2010, onde, o menino que nasceu nas alturas, acabou deixando sua vida nas alturas.
14-05-2010
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