Tucanos seriam utilizados em operações de combate ao narcotráfico e à guerrilha na área de fronteira
O Paraguai já está dando como certo o recebimento de três aviões Embraer T-27 Tucano (EMB-312) brasileiros de treinamento militar (foto) e em troca vai enviar para o Brasil um avião presidencial Boeing 707 modelo 1967 e três aviões Xavante de fabricação brasileira, que estão fora de uso. As informações foram divulgadas ontem pelo capitão Raúl Alderete, assessor do Ministério da Defesa paraguaio. De acordo com Alderete, o acordo será debatido pelo Congresso paraguaio, mas sua aprovação é certa - até porque trata-se quase de uma doação do governo brasileiro. O envio dos aviões Tucano, da Embraer, foi aprovado em uma comissão do Senado do Brasil na quinta-feira e tem como objetivo apoiar o Paraguai no combate a grupos de narcotraficantes que atuam na fronteira. Eles servem para o treinamento de pilotos de combate e já foram vendidos para muitos países latino-americanos.
Pelo menos cinco regiões paraguaias vivem uma crise de segurança. Na noite segunda-feira, duas pessoas morreram na província de Amambay em um atentado contra o senador paraguaio Robert Acevedo, atribuído por autoridades do país à facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC). Quatro brasileiros foram presos. Dois dias antes, o presidente paraguaio, Fernando Lugo, havia declarado estado de exceção em cinco províncias paraguaias para dar para às forças de segurança do país mais poder para combater a guerrilha Exército do Povo Paraguaio (EPP), que recentemente matou quatro pessoas em um ataque contra uma fazenda em Concepción. O Paraguai também pede que autoridades brasileiras reavaliem sua decisão de dar refúgio a três supostos guerrilheiros do EPP que vivem no Brasil desde 2003. A decisão será rediscutida em maio, durante a próxima reunião do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).
Ontem, porém, o Ministério da Justiça brasileiro emitiu um comunicado lembrando que o comitê já permitiu em 2006 que promotores paraguaios tivessem acesso a uma de suas reuniões para apresentar seus argumentos em favor da reabertura do caso e, na ocasião, as provas apresentadas contra os refugiados foram consideradas insuficientes. "Deve estar claro que apenas a apresentação de provas fundadas à luz do direito podem ensejar uma eventual reanálise do refúgio", diz o comunicado do ministério.
01-05-2010
Ontem, porém, o Ministério da Justiça brasileiro emitiu um comunicado lembrando que o comitê já permitiu em 2006 que promotores paraguaios tivessem acesso a uma de suas reuniões para apresentar seus argumentos em favor da reabertura do caso e, na ocasião, as provas apresentadas contra os refugiados foram consideradas insuficientes. "Deve estar claro que apenas a apresentação de provas fundadas à luz do direito podem ensejar uma eventual reanálise do refúgio", diz o comunicado do ministério.
01-05-2010
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