domingo, 11 de julho de 2010

FedEx Express investe em serviço mais lento, mas até 28% mais barato



Sem fazer ruído, há três meses a americana FedEx Express ampliou em quase 37% sua capacidade de transporte de cargas no Brasil, um dia por semana. A empresa, uma das maiores do mundo nesse setor, fez essa ampliação operando uma aeronave MD11, que tem capacidade de transporte de 87,5 toneladas.
 
Antes de usar o MD11 no país, a FedEx oferecia apenas um voo diário com dois aviões de menor capacidade de carga. A empresa, agora, passa a operar com o DC10, para 64 toneladas, ou com o DC30, para 81,2 toneladas, e com MD11. Este em relação ao DC10, é 37% maior. A rota interliga os Estados Unidos, Brasil e países da América do Sul. Até o fim deste ano, a empresa vai aumentar a operação do MD11 para cinco vezes por semana, revela o presidente da FedEx Express para a América Latina e Caribe, Juan Cento. O avião da FedEx vem de Memphis, passa pelo Aeroporto Internacional de Viracopos e depois ruma para países sul-americanos, como Uruguai e Argentina. "Estamos assistindo a um contínuo incremento do PIB da América Latina, que neste ano deve crescer entre 4% e 5%. O Brasil tem crescido muito. Junto com o México, são os líderes da região. Estamos muito interessados nesse desenvolvimento", diz Cento, por telefone, de Miami, onde fica a sede da Fedex para a América Latina e Caribe. O executivo conta que parte do crescimento da FedEx na América Latina e no Brasil é esperado com a ajuda de um serviço de entrega que pode ser até 28% mais barato do que a remessa expressa. Batizado de "International Economy", o produto foi lançado no Brasil em novembro do ano passado e faz a entrega em 4 a 6 dias, para clientes que não precisam de urgência. A FedEx opera no Brasil com serviços de exportação e importação, sem atuar em encomendas domésticas. É por isso, diz Cento, que a empresa não tem interesse em fazer parcerias ou aproveitar o nicho de mercado que está sendo criado com a chamada crise dos Correios. "No passado, até tivemos contatos comerciais, mas no momento não há nada em vista", diz Cento. A FedEx Corp. registrou no ano fiscal de 2010 encerrado em 31 de maio, receita de US$ 34,7 bilhões, o que representou um recuo de 2% em relação aos US$ 35,5 bilhões do mesmo período anterior. Apenas no quarto trimestre, seu faturamento foi de US$ 9,4 bilhões, ou crescimento de 20% na comparação igual período do ano fiscal anterior, quando a receita ficou em US$ 7,8 bilhões.
net marinha
11-07-2010

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