Em 1911, somente oito anos depois dos irmãos Wright erguerem sua criação do chão, o exército dos Estados Unidos começou a despejar bombas de teste no ar. Alguns anos depois, tropas da Primeira Guerra Mundial estavam combatendo com aviões-caça munidos de metralhadoras. As coisas mudaram muito desde então. Somente 60 anos depois, os antigos aviões monomotores evoluíram para jatos de caça poderosos e impecáveis que podem fazer manobras aéreas precisas a mais de 970 km/h. Não demorou muito para o mundo descobrir o potencial de combate dos aviões.Neste artigo, veremos um dos mais fabulosos caças, o F-15. Esse incrível avião está envelhecendo (está voando desde o início da década de 70), mas ainda é uma peça fundamental do arsenal norte-americano. De acordo com a Força Aérea dos Estados Unidos, ele tem um registro de combate perfeito, com mais de 100 vitórias e sem derrotas. Como veremos, seu sucesso deve-se a sua incrível agilidade nas manobras, equipamento eletrônico avançado e temível poder de fogo. O F-15 Eagle é um avião a jato pequeno com alto desempenho nas manobras, projetado para missões de combate sob quaisquer condições climáticas. Sua missão principal é manter a superioridade no ar; ou seja, seu principal propósito é derrotar outros aviões em combates aéreos.
A Força Aérea Norte-Americana resolveu investir no avião depois que viu o MiG-25, um poderoso caça que a União Soviética revelou em 1967. O MiG-25, conhecido como "Foxbat" (morcego-raposa), era muito superior ao primeiro caça norte-americano da época, o Phantom F-4 Durante a Guerra Fria, a Força Aérea precisava o mais rápido possível de uma aeronave à altura. A McDonnell Douglas (hoje unida à Boeing) ganhou o contrato para o novo projeto e o concluiu poucos anos depois. À medida que a tecnologia e as necessidades mudaram (veja abaixo), a companhia introduziu várias alterações no avião desde então. O atual F-15 Eagle de combate é o F-15C. O Eagle F-15 original foi projetado para lidar apenas com alvos ar-ar (outros aviões). Ele não foi projetado para lançar bombas em terra porque a Força Aérea sabia que o equipamento extra comprometeria habilidades de combate aéreo. Mas, quando a Força Aérea precisou de um caça-bombardeiro para substituir o antigo F-111 (até que o novo F-117 com camuflagem estivesse pronto) eles decidiram modificar o F-15 para missões ar-terra. O resultado foi o F-15 Strike Eagle, chamado de F-15E.
O Strike Eagle não foi criado com o intuito de substituir o F-15 original e sim como um avião bombardeiro suplementar, mas, surpreendentemente, transformou-se no melhor caça-bombardeiro jamais produzido. Na Operação Tempestade no Deserto, ele provou que podia abater com sucesso as aeronaves inimigas, atingir vários alvos terrestres e se retirar rapidamente do território inimigo.
Um F-15 tem a maioria dos elementos encontrados em um jato de caça comum: duas asas que geram sustentação, estabilizadores traseiros verticais e horizontais, lemes que equilibram e direcionam o avião, além de motores de jato turbofan duplos na traseira os quais geram empuxo.
A principal diferença entre um F-15 e um jato comum é como esses elementos se equilibram. Os motores duplos do F-15 (Pratt and Whitney F-100-PW-220s ou 229s) têm uma relação empuxo/peso muito alta, o que significa que são relativamente leves para a quantidade de empuxo que geram (eles podem gerar quase oito vezes seu próprio peso em empuxo).
O corpo do avião também é relativamente leve, apesar de ser extremamente resistente. Os apoios da asa (estruturas de suporte dentro das asas) são feitos de titânio, que são mais leves e mais resistentes que o aço; a maior parte da fuselagem é feita de alumínio. De acordo com a Força Aérea, cada motor pode gerar entre 12,5 e 14,5 toneladas de empuxo. O peso normal do F-15C é de apenas 22,5 toneladas, o que significa que seu empuxo é maior que seu peso. Isso permite uma aceleração muito rápida, mesmo durante as decolagens. O F-15 também tem carga de asa muito baixa, o que significa que ele tem muita área de asa para seu peso. Uma área de asa maior significa maior sustentação, o que torna o avião mais ágil. Ele pode decolar, subir e virar com muito mais rapidez que um avião comum (que tem muito mais peso por metro quadrado de espaço de asa).
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